Segundo a Enap (2019), “a governança de dados é a capacidade de controlar e gerenciar os dados de forma eficaz e eficiente, garantindo que os dados sejam precisos, completos, consistentes, confiáveis e disponíveis quando necessário”. Também afirma que é uma atividade crítica para as organizações, pois ajuda a garantir que os dados sejam usados de forma ética e legal e para o benefício dos negócios.
Nos últimos anos, a revolução digital tem impactado profundamente a área da saúde, com a proliferação de dados provenientes de diversas fontes, como registros médicos eletrônicos, dispositivos de monitoramento de pacientes, aplicativos de saúde e pesquisas clínicas. Esses dados representam uma riqueza de informações que, quando adequadamente gerenciadas e analisadas, têm o potencial de transformar a tomada de decisão no setor da saúde. Ou seja, a eficácia desses dados está diretamente ligada à capacidade de gerenciamento e governança adequados.
Na atualidade, com a disseminação da ideia de apresentação gráfica por meio de dashboards, é comum a leitura inadequada de que apenas dispor de dashboards é suficiente para tomar decisões assertivas. Em 2006, o matemático britânico Clive Humby publicou: “Dados são o novo petróleo. Assim como o petróleo, os dados são valiosos, mas se não forem refinados, não podem realmente ser usados (…) então os dados devem ser decompostos, analisados para que tenham valor”. Ou seja, os dados são a energia das empresas quando usados de forma ética e legal e para o benefício dos negócios. Essa máxima não seria diferente para o setor da saúde.
Assim como em qualquer negócio, as instituições de saúde necessitam de informações precisas para direcionar as decisões na tentativa de promover a desejada “sustentabilidade organizacional”. É somente por meio de dados que se pode transformar informações em resultados tangíveis e mensuráveis, mas isso depende de um tratamento e uma análise adequados.
Dados governados e gerenciados de maneira eficiente podem trazer informações precisas e atualizadas acerca, por exemplo, do perfil clínico e epidemiológico da instituição de saúde, além da percepção de valor pelos clientes e colaboradores. Essa análise ajuda na identificação de padrões e tendências, auxiliando na prevenção e na gestão dos riscos operacionais e institucionais. Além disso, ao analisar dados sobre o uso de recursos em saúde, como leitos hospitalares, medicamentos e equipamentos médicos, os gestores podem otimizar a alocação de recursos e reduzir custos, garantindo uma prestação de serviços mais eficiente.
Sob a óptica da gestão de dados, é possível utilizar ferramentas de apoio à tomada de decisão, como simulações de cenários, que permitem gerenciar os recursos de forma mais eficaz.
Nesse contexto, o HeMet foi desenvolvido como uma ferramenta que potencializa tomadas de decisão fundamentadas e eficazes. Ele é projetado para transformar dados brutos em informações valiosas e acionáveis, permitindo aos gestores de saúde criar estratégias mais alinhadas às necessidades reais das suas organizações. Ao garantir uma governança eficiente e análises consistentes, o HeMet promove um impacto significativo na gestão hospitalar, ajudando as instituições a alcançarem novos patamares de excelência e eficiência, além da sustentabilidade.